E aí, sentiu saudade do anti-herói mais politicamente incorreto da DC? Pois pode comemorar: Christopher Smith (John Cena) está de volta, e a estreia da segunda temporada de Pacificador já chegou quebrando tudo. Depois do final apoteótico da primeira temporada e com o reboot do universo DC nos cinemas, a grande pergunta era: como James Gunn iria conectar as pontas? A resposta veio de forma genial, sombria e com um gancho de explodir a cabeça.
Se você esperava só mais piadas ácidas e rock oitentista, prepare-se. O novo episódio eleva o nível, mostrando um personagem mais maduro, mas ainda profundamente quebrado, em uma jornada que agora envolve dimensões alternativas e fantasmas do passado bem literais.
Adeus, Liga da Justiça. Olá, “Justice Gang”!
Lembra daquela participação especial da Liga da Justiça no final da primeira temporada? Então, esqueça. Com a maestria de quem agora comanda o circo todo, James Gunn usou o “Anteriormente no DCU…” para fazer um retcon (uma correção na continuidade) de forma brilhante. Adeus às versões de Jason Momoa e Ezra Miller. Agora, quem apareceu para salvar o dia (atrasado, claro) foi a Justice Gang, a nova equipe de heróis do DCU.
A cena em que o Pacificador tenta entrar para o time é puro suco de James Gunn: hilária, humilhante e dolorosa. Ver Nathan Fillion e outros heróis tirando sarro dele estabelece o tom da temporada: Chris Smith será derrubado ao máximo para, quem sabe, se reerguer ainda mais forte.
Um Herói em Pedaços e a Maturidade na Marra
Apesar do humor escrachado continuar presente, há uma clara mudança no tom. O Pacificador desta temporada é mais denso. John Cena, que evoluiu absurdamente como ator, entrega um Chris Smith com nuances que doem na alma. Ele está tentando ser melhor, ser um herói de verdade, mas o mundo (e ele mesmo) não facilita.
A série mergulha fundo nos traumas do personagem, explorando sua busca por validação e a dificuldade de se conectar com Emilia Harcourt (Jennifer Holland), que também enfrenta seus próprios demônios após ser colocada na “geladeira” por Amanda Waller.
O Multiverso de Gunn é Diferente (e Mais Inteligente)
Cansado de histórias de multiverso que parecem todas iguais? James Gunn também, aparentemente. Em vez de viagens a outras Terras, a série introduz a “Câmara de Desdobramento Quântico”, um portal para diferentes dimensões. É uma abordagem nova que conecta a série diretamente aos eventos do filme Superman, onde Lex Luthor abriu uma fenda interdimensional.
Essa escolha mantém a trama focada no desenvolvimento do personagem, usando o conceito de realidades alternativas para explorar os “e se” da vida de Chris, em vez de apenas jogar um monte de participações especiais na tela.
Um Reencontro Impossível e uma Morte Chocante
E é aqui que o episódio nos dá um soco no estômago. Ao explorar uma dessas dimensões, Chris encontra o que ele mais desejava e temia: um mundo onde seu pai não é um monstro e seu irmão, Keith — por cuja morte ele se culpa — está vivo. Por um breve momento, ele experimenta a família que nunca teve.
Mas a paz, para o Pacificador, nunca dura. O clímax acontece quando ele é confrontado por sua versão alternativa e, em uma luta desesperada, acaba matando a si mesmo. Sim, você leu certo. Chris agora não só carrega o peso de seus antigos pecados, mas também o assassinato de uma versão de si que tinha tudo o que ele sempre sonhou. O caos está apenas começando.
O Que Esperar do Futuro?
Com um início tão potente, a segunda temporada de Pacificador se estabelece como uma das produções mais promissoras do novo DCU. A trama principal, agora centrada neste “assassinato interdimensional”, promete explorar a culpa e a identidade de Chris de maneiras inéditas. Além disso, temos subtramas importantes se desenrolando:
- Harcourt, Adebayo e Vigilante tentam seguir em frente, cada um à sua maneira disfuncional.
- Rick Flag Sr. (Frank Grillo), pai do soldado que Chris matou em O Esquadrão Suicida, agora comanda a A.R.G.U.S. e está caçando o Pacificador, adicionando uma camada de tensão e perigo iminente.
Este primeiro episódio foi a preparação perfeita do tabuleiro. As peças estão posicionadas, os rancores do passado estão vindo à tona e o Pacificador está mais afundado em problemas do que nunca. Como ele vai sair dessa? Honestamente, não temos a menor ideia, e é por isso que mal podemos esperar pelo próximo episódio.
E você, o que achou desse começo? Acredita na redenção do Pacificador ou ele está destinado a destruir todas as versões de si mesmo? Deixe sua teoria nos comentários!